Ao se observar um casal consumindo uma garrafa de vinho, por exemplo, é possível notar que, antes do final da garrafa, a mulher já se encontra bem mais descontraída, enquanto o homem leva mais tempo para sentir o efeito do álcool.
O que acontece não é apenas por uma falta de costume de beber, como é pregado por aí. Pesquisas mostram que algumas pessoas são geneticamente predispostas a se embriagar com mais facilidade do que outras.
Acredita-se que cerca de 10 a 20% das pessoas tenham um gene específico que faz seu fígado quebrar o álcool mais rápido, o que significa que elas se sentem bêbadas muito antes dos outros.
O organismo de homens e mulheres reage de formas distintas à presença do álcool.
Isso acontece porque há algumas enzimas e cofatores que são utilizados na digestão do álcool, como a ADH (álcool dehidrogenase), a ALDH (aldeído dehidrogenase) e o sistema microssômico de oxidação do etanol, como lembrou a nutróloga Luciana Carneiro, do Rio de Janeiro (RJ), que estão presentes em maior quantidade no corpo dos homens do que no organismo feminino.
Além disso, dados oficiais do Observatório Brasileiro de Informações sobre as Drogas (Obid), do Ministério da Justiça, confirmam que as mulheres, quando bebem, apresentam maiores níveis de álcool no sangue do que os homens por causa da maior proporção de gordura em relação à proporção de água no corpo delas.
Como a ADH está menos presente no estômago feminino, uma maior quantidade de álcool é absorvida pelo organismo. Em uma comparação mais simples, seria quase como injetar o etanol diretamente na veia das moças, deixando-as embriagadas muito mais rapidamente!
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